Como será o futuro do mercado de trabalho?

Drones, trens supersônicos, inteligência artificial, realidade virtual, nanotecnologia, entre outras, são algumas das inovações tecnológicas que prometem revolucionar o nosso modo de habitar a Terra, moldando diversos aspectos de nossas vidas, incluindo nossa profissão e o mercado de trabalho.

Estamos vivendo um período de transformações no modo como trabalhamos. Vejamos o exemplo do home office e do anywhere office. Essas mudanças estão presentes na maioria dos postos de trabalho: Recursos Humanos, Pedagogia, Administração e Processos Gerenciais são alguns exemplos.

O relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) intitulado “O Futuro do Trabalho” estima que 14% das ocupações têm alta chance de ser automatizadas, e 32% das ocupações poderão ser radicalmente transformadas.

Conversamos com o professor Renato Vieira, docente dos cursos de graduação em Gestão da Faculdade Phorte e profissional com ampla experiência de mercado, para entender melhor sobre o futuro do mercado de trabalho. Confira:

Quais são os fenômenos que impulsionam as mudanças no mercado de trabalho?

Durante décadas, houve a supervalorização das competências técnicas em comparação com as habilidades comportamentais. Hoje, estas últimas serão fundamentais para que os indivíduos, de maneira geral, recebam as mudanças e sejam capazes de conviver com novos formatos do trabalho. Nisso se inclui a abertura para aprendizagem contínua e reposicionamento de carreira de maneira mais veloz do que em períodos recentes.

Existe alguma projeção de como será o futuro do mercado de trabalho?

As perspectivas indicam que muitas das profissões hoje existentes vão se reduzir ou desaparecer muito rapidamente, em razão de inovações tecnológicas e do desenvolvimento de novos processos gerenciais. Essa dinâmica exige revisão permanente do conhecimento adquirido e atualização constante. Cada indivíduo será cada vez mais responsável pela construção de sua carreira de acordo com aquilo que de fato conhece, sabe desenvolver e que fará a diferença para as demais pessoas e para a sociedade em geral.

Levando esses aspectos em conta, quais serão as habilidades do profissional do futuro?

• Capacidade de se comunicar em diferentes plataformas.
• Criatividade com foco em inovação.
• Eficiência e gestão do tempo durante as atividades.
• Resiliência e adaptabilidade.
• Pensamento crítico e autonomia.
• Capacidade de análise e de julgamento nas tomadas de decisão.
• Inteligência emocional.

Nesse novo cenário, quais profissões serão mais demandadas?

Podemos dizer que durante um tempo haverá a convivência de algumas profissões tradicionais com atividades completamente desconhecidas, sobretudo aquelas que vão surgir em razão de processos de inovação.

Entre os mais jovens, a criação de start-ups, fruto do empreendedorismo e da criação, vai ganhar maior espaço e importância. Estas, por sua vez, vão atingir diferentes campos do conhecimento, em razão das mudanças comportamentais de pessoas e consumidores. A maneira de fazer as coisas será acelerada, de modo que o lançamento de novidades será parte do cotidiano, e não apenas algo eventual. Podemos dizer que a profissão do futuro será a criação permanente.

O que os profissionais devem fazer para sobreviver nesse mercado? 

O investimento em formação e reciclagem sempre foi muito importante para qualquer profissional. Ficar desatualizado diminui a empregabilidade. No entanto, mais do que estar apto para o exercício de uma determinada função, é preciso exercer a capacidade de desenvolver uma estratégia para si mesmo. Deve-se perguntar com frequência se o que você faz vai representar diferença na vida das empresas e das pessoas. O futuro torna-se uma construção permanente, e não uma abstração.

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Você teria algumas dicas para o profissional do futuro?

A capacidade de aprender e se adaptar aos novos cenários e de lidar com as ferramentas digitais vai ser fundamental para conviver com o acelerado processo de mudanças.

Além disso, é preciso ter a curiosidade como prática e abrir-se a diferentes experiências profissionais, onde a tecnologia possa se incorporar no dia a dia como uma descoberta e elemento integrante do crescimento profissional.

Dessa forma, o futuro pode ser amanhã, mas a sua construção começa agora. Por isso, a atualização constante e a busca de conhecimento são imprescindíveis para que possamos nos preparar para as mudanças que nos aguardam.

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